O deputado federal Glauber Braga está na Paraíba, nesta segunda-feira (19), e falou em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, sobre o processo que pode cassar seu mandato na Câmara dos Deputados. Glauber confia que o resultado pode ser revertido no plenário da Câmara, no início de julho, após o Conselho de Ética aprovar, por maioria, o parecer pela sua cassação.
Glauber Braga participará de um ato em seu apoio na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), às 16h desta segunda-feira. A ‘Caravana Nacional Glauber Fica’ percorre diversos estados brasileiros e defende a permanência do parlamentar no mandato.
Glauber tornou-se alvo de denúncia do partido Novo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados após expulsar da Câmara um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, com chutes e empurrões, depois que o rapaz, segundo o deputado, insultou sua mãe que estava doente e veio a falecer dias depois. Saudade Braga foi vereadora e prefeita do município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
O caso aconteceu em abril de 2024 e o Conselho de Ética aprovou, por 13 votos a cinco, o parecer pela cassação de Glauber. O deputado, então, iniciou uma greve de fome para chamar a atenção sobre o caso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estendeu por dois meses o prazo para Glauber apresenta defesa e contrapor a denúncia.
Glauber em João Pessoa
Agora, o deputado percorre o Brasil em atos contra a cassação. Em João Pessoa, ele estará às 16h na Assembleia Legislativa da Paraíba.
“Agora, há uma previsão de que, no dia 1º de julho, essa matéria seja deliberada e votada no plenário da Câmara. Tentativa de cassação do mandato. Eu estou percorrendo os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal apresentando as minhas razões, apresentando os argumentos da defesa, mostrando para as pessoas o que está acontecendo, tirando dúvidas e recebendo a solidariedade das pessoas. A minha expectativa é de que, no dia 1º de julho, eles não tenham maioria de votos para a cassação do mandato e a solidariedade que eu tenho recebido das pessoas, como aqui na Paraíba, tem demonstrado que a gente vai conseguir virar esse jogo e essa cassação não vai ser aprovada”, declarou Glauber em entrevista à Arapuan FM, como acompanhou o ClickPB.
Glauber relatou que “deputados do Centrão e até da direita, das mais variadas orientações políticas, chegam para mim diariamente, quando estou em Brasília, e dizem: ‘é uma injustiça, é desproporcional, é perseguição política’. E aí vem a conclusão, que é mais importante: mas Lira está irredutível”, disse Glauber sobre o ex-presidente da Câmara Arthur Lira, ao qual ele acusa de persegui-lo e articular sua cassação após questionar as emendas impositivas e um projeto de privatização da Petrobras na Câmara. Arthur Lira nega envolvimento no processo de cassação de Glauber e disse, em nota à imprensa em abril, que a iniciativa da ação no Conselho de Ética foi do partido Novo e não dele ou de sua legenda.
O embate entre deputado e membro do MBL
Glauber Braga contou que foi abordado por sete vezes pelo membro do MBL, duas vezes após o episódio na Câmara que resultou na ação contra ele no Conselho de Ética.
“Um provocador que, por sete vezes, vai me atacar em locais públicos. E na quinta vez, porque depois disso teve mais duas vezes, na quinta vez ele faz isso dentro da Câmara dos Deputados, xinga minha mãe de tudo o quanto é nome, minha mãe que não estava mais na arena política porque já estava com Alzheimer avançado e que veio a falecer alguns dias depois”, disse.
“Eu pergunto para vocês e para quem está nos ouvindo: o que você faria se um meliante viesse agredir a sua mãe com as palavras que aquele sujeito utilizou em relação a minha mãe?”, acrescentou.
“Eu perguntei a ele se ele se arrependia e se ele queria utilizar aquele momento e espaço para pedir desculpas. Ele disse que não”, relatou o deputado.
Questionado se está arrependido por ter expulsado da Câmara o membro do MBL, Glauber disse que não se arrepende.
“A gente tem que defender a honra da nossa mãe que está sendo atacada injustamente, ou não? Foi uma reação de quem foi atacado por sete vezes. Acho que análise deve ser feita a partir de circunstâncias: se eu te mostrar aqui o diálogo que eu estava tendo com minha irmã, dias antes aos ataques desse provocador, eu tenho certeza que a sua reação não seria diferente daquela que eu tive”, argumentou o parlamentar.
Confira a entrevista completa
CLICKPB
BORGES NETO LUCENA INFORMA
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