Fecomércio projeta que a classe C irá impulsionar crescimento de 40% do PIB até 2020

Um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) divulgado nesta quarta-feira aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 40% até 2020 e dos R$ 2 trilhões adicionados ao PIB até a data, cerca de R$ 1,4 milhão virá do consumo das famílias, principalmente da classe C (com rendimentos entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil), responsáveis por 51% do consumo total e que abrange 54% da população brasileira atualmente.

Entre 2011 e 2020, o consumo per capita deve aumentar 30% para as faixas A e B e cerca de 50% para as demais. De acordo com a instituição, as mudanças já estão visíveis. Um dos exemplos é a alimentação. O brasileiro passou a comer mais vezes fora de casa, e com isso, o gasto com bares, restaurantes e lanchonetes apresentou alta de 26,6%, passando a R$ 145,59 por mês no período entre 2003 e 2009. Além disso, o consumo de carne bovina de boa qualidade subiu 4,2%; já o consumo de frango teve queda de 11,8%. O consumo de azeite de oliva cresceu 13,8% no mesmo período.

Para o diretor executivo da entidade, Antonio Carlos Borges, além de consumir mais, as famílias estão gastando melhor e, com mais recursos, as famílias brasileiras passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e a inclusão.

De acordo com a Fecomercio, os gastos das famílias brasileiras - que possuem rendimento médio de R$ 2,9 mil entre todas as classes - com aparelhos celulares demonstra as transformações na sociedade do País. Ao todo, estes gastos apresentaram alta de 63,3% entre 2003 e 2009. Porém, na análise entre as faixas de renda, a classe C ampliou os recursos destinados em 70%; já a classe E (rendimento familiar até R$ 900) apresentou alta de 312%. "Com mais recursos, as famílias brasileiras não se ativeram, simplesmente, a melhora do que já possuíam, mas passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e inclusão", afirmou Borges.

Aposentadoria O Brasil possuía 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2010. Segundo o estudo, este número deve passar para 22 milhões em 2015 e 26 milhões em 2020. Com isso, o País deverá arcar com a aposentadoria de cerca de 5 milhões de pessoas a mais.

"Uma reforma previdenciária é urgente. A aposentadoria por tempo de serviço ou idade não comporta o crescimento atual e não aguentará no futuro. É preciso chegar a um denominador comum que seja funcional e viável", afirmou em nota Abram Szajman, presidente da Fecomercio-SP. Atualmente, há cerca de 130 milhões de pessoas em idade economicamente ativa. Até 2020, a força de trabalho do País deverá receber um adicional de 10%, informou o estudo.

BORGESNETO NAÇÃORURALISTA

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