As cidades consideradas em risco, ou com sinal vermelho, são aquelas
onde foram encontrados focos de dengue em mais de 4% das residências
visitadas. Já os municípios em alerta ou sinal amarelo são aqueles em
que houve foco em 1% a 3,9% dos domicílios.
Esses dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti
(LIRAa), que mediu o nível de infestação pelo mosquito em 1.300 cidades
brasileiras. Ao todo, foram encontrados focos de dengue em duas a cada
cem casas pesquisas para o levantamento, revelou Barbosa.
Em 2013, o país notificou mais de 1,4 milhão de casos suspeitos, um
aumento de 54,6% em relação a 2010. No ano passado, entre janeiro e
novembro, foram registrados 500 mil casos de dengue, e o governo atribui
essa elevação à transição dos governos municipais, que teria
dificultado os trabalhos dos agentes de saúde, e à entrada do sorotipo
4, ao qual grande parte da população ainda está bastante suscetível.
O Sudeste foi a região com o maior número de notificações da doença em
2013, responsável por 63,4% do total, seguido do Centro-Oeste, com
18,4%, apontou Barbosa.
Já as internações por dengue sofreram uma redução de 30% em relação a
2010, segundo o secretário. O grande objetivo do Ministério da Saúde
para a próxima temporada, que vai de janeiro a maio de 2014, é diminuir a
quantidade de óbitos e de casos graves – estes tiveram um aumento de
61% em 2013.
Segundo Barbosa, o Brasil já tem um dos menores índices de mortalidade
por dengue das Américas – 0,03 óbito para cada cem notificações –, e com
melhorias na assistência o país conseguiu evitar 394 mortes pela doença
este ano.
Investimento de R$ 363 milhões
Para manter a atenção voltada sobre a dengue neste verão, o governo destinará mais de R$ 363 milhões a ações de vigilância, prevenção e controle. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alguns estados (como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás) têm capacidade para diminuir ainda mais os óbitos e casos graves.
Para manter a atenção voltada sobre a dengue neste verão, o governo destinará mais de R$ 363 milhões a ações de vigilância, prevenção e controle. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alguns estados (como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás) têm capacidade para diminuir ainda mais os óbitos e casos graves.
"Já conseguimos uma forte redução, mas esse número ainda não nos deixa
satisfeitos. Observamos uma evolução muito rápida da dengue em pacientes
idosos. Por isso, precisamos agir com mais cuidado. Profissionais estão
sendo treinados para identificar sinais de alerta, fazer a prova do
laço", disse Padilha.
De acordo com o ministro, muitas vezes os pacientes procuram um posto
de saúde, mas não recebem acompanhamento durante a evolução do quadro.
Quando acabam voltando à unidade, já estão em uma situação bem mais
grave.
"Os médicos do Mais Médicos vão reforçar os cuidados da atenção básica
nos bairros da periferia. Cerca de 80% deles vêm de países com
experiência muito consolidada em cuidados com a dengue. Cuba, por
exemplo, teve uma das menores letalidades quando enfrentou epidemias.
Essa é uma das vantagens para as nossas equipes", destacou Padilha.
Segundo ele, os integrantes do programa participarão de uma
videoconferência nesta quinta-feira (21) para obter mais informações
sobre a campanha.
Sobre a presença de Cafu nos vídeos e no lançamento da ação, o ministro
disse que o jogador tem a imagem de um líder que consegue mobilizar um
time quando está em baixa e chamar a atenção.
"São lideranças como essa que precisamos em cada bairro, em cada
comunidade do nosso país. Os municípios precisam de agentes de saúde
assim para combater a dengue", afirmou Padilha.
Água x lixo
Há diferentes meios de proliferação para o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e eles variam de região para região. No Sudeste, por exemplo, 37,5% dos depósitos estavam em água armazenada em recipientes e 36,4%, no lixo. A maioria desses criadouros foram encontrados em domicílios, em pratos de plantas, caixas d'águas e outros locais.
Há diferentes meios de proliferação para o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e eles variam de região para região. No Sudeste, por exemplo, 37,5% dos depósitos estavam em água armazenada em recipientes e 36,4%, no lixo. A maioria desses criadouros foram encontrados em domicílios, em pratos de plantas, caixas d'águas e outros locais.
Já no Centro-Oeste, o lixo é responsável pela maior parte dos depósitos
do mosquito. Segundo o ministro Padilha, um ovo do Aedes aegypti é
capaz de sobreviver até 300 dias em um recipiente seco, à espera de
água.
"É por isso que pequenos detalhes em casa até grandes ações, como
coleta de lixo e cata-bagulho, são fundamentais para enfrentar a
dengue", ressaltou o ministro.
Para Padilha, o "campeonato" contra a dengue precisa começar antes que
os casos apareçam, o que tem sido feito pelo ministério desde 2011, na
tentativa de mobilizar os estados e municípios.
"O LIRAa é um guia importante de prevenção de risco, e serve para
alertar os prefeitos sobre as ações de combate à dengue", disse Padilha.
G1
BORGES NETO LUCENA INFORMA
0 Comentários