O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) manifestou nesta terça-feira (17),
quando comemoramos o Dia Mundial de Combate à desertificação e à Seca,
data escolhida pela Assembleia-Geral da ONU em 1994, sua preocupação com
a natureza e especialmente com o futuro de nosso planeta. Vital do
Rêgo, que é titular da Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle do Senado Federal, alertou para a necessidade
urgente de se viabilizar ações concretas que garantam um planeta mais saudável no futuro.
Vital que preside a Comissão Externa de Acompanhamento das Obras de
Transposição de Águas do Rio São Francisco, esteve acompanhando a
presidente Dilma Rousseff (PT) em recente visita as obras de
transposição do Rio São Francisco, no trecho de Piranhas, na Paraíba.
Para o senador a obra avançou nos últimos meses, e que a presença de
Dilma Rousseff na Paraíba, só reafirmou o compromisso da presidente em
ajudar o nordestino a conviver com a seca. Ele lembrou que o governo
federal realizou uma série de obras para amenizar o drama da seca, sendo
que a transposição será a obra do século que irá mudar de vez, a face
rural do nordeste. “Esse túnel inaugurado hoje e o outro que deverá ser
inaugurado em dezembro, são marcas indeléveis desse governo” comentou.
Ao chegar no canteiro de obras, o senador garantiu que a transposição vai garantir a segurança
hídrica necessária para o semiárido nordestino, contribuindo assim,
para ajudar o homem do campo a conviver com a seca. O acesso a água
segundo o senador, é fundamental para o Nordeste que já enfrentou
períodos de longa estiagem. Para ele, a transposição do Rio São
Francisco já é uma realidade. A obra segundo Vital, é crucial para
alavancar o desenvolvimento da região.
Ainda no Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas (PB), a presidenta
Dilma Rousseff afirmou que as obras do Projeto de Integração do Rio São
Francisco são cruciais para garantir o melhor convívio com a seca
recorrente na região. Ela ressaltou que a interligação tem envergadura
especial para beneficiar
12 milhões de pessoas em estados do Nordeste, e que junto com outros
projetos serão marcas indeléveis na questão da segurança hídrica.
“As autoridades aqui têm muita consciência sobre a questão da água, por
isso que o Brasil aqui está avançando. Fizemos cisternas, usamos os
carros-pipa do Exército, mas a que vai ficar e vai garantir que o
Nordeste tenha segurança hídrica de fato é essa aqui Integração do São
Francisco. No Ceará tem o Eixão das Águas. Na Paraíba, o Canal das
Vertentes Litorâneas, e aqui esses dois túneis serão marcas indeléveis
nessa questão. Estamos investindo para garantir que não seja surpresa
para nós a falta de água”, analisou a presidenta.
O senador paraibano vem lutando incansavelmente para amenizar o
sofrimento do povo paraibano para com o efeito da seca, tanto que teve
aprovado pelo Senado seu projeto de Lei que anistia a dívida dos
pequenos produtores contraídas a partir de 2001, de até R$ 35 mil. Todos
os representantes da ALPB já se uniram ao apelo do senador paraibano
junto ao poder legislativo nacional.
Mata Atlântica na PB – Vital do Rêgo, relata que esse bioma que já
abrangeu 63 municípios e ocupava uma área de 657.851,21 hectares. Hoje,
restam apenas 16,11%, o que equivale a pouco mais de 105.000 há. O
senador vem levando ao conhecimento dos gestores municipais que detêm
atualmente no Estado as áreas de maior concentração dessa vegetação no
Estado, como Cruz do Espirito Santo, Santa Rita, Rio Tinto e Mamanguape
os várias inciativas de preservação ambiental, com o manejo correto das
águas no contexto urbano; prevenção de desastres em áreas urbanas;
construção sustentável; mobilidade sustentável e/ou qualidade do ar;
resíduos sólidos urbanos; áreas contaminadas e/ou prevenção de acidentes
com substâncias perigosas nas cidades e fortalecimento institucional,
planejamento e gestão ambiental urbana.
O parlamentar peemedebista cita como outra alternativa econômica para
essas regiões o ecoturismo, que, é um segmento de atividade turística
que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural,
incentivando sua conservação e buscando a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o
bem-estar das populações envolvidas, sem o prejuízo ambiental. “O
ecoturismo é o segmento turístico que proporcionalmente mais cresce no
mundo, enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo
está crescendo entre 15 a 25% por ano. A Organização Mundial de Turismo
(OMT) estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como demanda o
turismo ecológico. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é
estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca
de US$ 70 milhões”, afirma.
Desertificação - O senador citou como exemplo a Paraíba que sofre com o
processo de desertificação. O Estado segundo alertou o senador com base
em relatório dos especialistas, está em adiantado estado de
desertificação. Os organismos ambientais acreditam que mais de 70% da
Paraíba esteja enfrentando o processo de desertificação. Isso significa
que 1,66 milhão de pessoas a metade da população paraibana está sofrendo
com os efeitos do processo de degradação ambiental. O fenômeno está
relacionado com os aspectos do clima árido, mais evidente nas regiões do
Cariri, Sertão e Seridó, mas a ação do homem é a principal causadora
das transformações drásticas que o solo vem sofrendo. O resultado é a
infertilidade de muitas localidades, que só poderão ser recuperadas
depois de décadas da utilização de técnicas específicas de manuseio da
terra.
O senador concorda com o pesquisador e chefe geral da Embrapa Algodão,
Napoleão Beltrão, onde explica que as práticas que estão sendo
utilizadas por moradores e trabalhadores da zona rural do Estado, têm
sido extremamente prejudiciais à saúde do solo. “O manejo equivocado do
solo traz graves danos ao meio ambiente e as consequências disso são,
dentre outras, a improdutividade do lugar”, alertou. De acordo com o
especialista, a desertificação é a perda da capacidade produtiva dos
ecossistemas, causada pela ação antrópica, ou seja, do homem.
Conforme informou o chefe da Embrapa, 72% do solo paraibano já faz parte
dessa transformação e a criação de animais de forma desordenada é um
dos principais causadores desse dano. O pesquisador informou que em
regiões como o Cariri e Seridó, criadores de caprinos e gado,
especialmente, costumam exagerar na quantidade de animais por hectare,
provocando a compactação do solo de tal forma que impossibilita o uso
para a agricultura.
Vital defende que a os órgãos competentes do Governo do Estado realizem
uma ampla campanha de conscientização para com os pequenos agricultores
com o intuito de mostrar a esses produtores os males da superlotação de
animais por hectares. Ele se colocou à disposição para intermediar junto
aos órgãos federais apoio para tais inciativas.
A preocupação com o meio ambiente sempre foi uma bandeira de luta de
Vital em Brasília. Quando era deputado federal ele encaminhou indicação
ao Ministério do Meio Ambiente sugerindo a elaboração de uma política
com vistas à adequada coleta de lixo reciclável em todo o território
nacional.
Assessoria
BORGES NETO LUCENA INFORMA
0 Comentários