Bolsa opera em alta de 3% e dólar cai


dólar comercial apresenta queda de 1,74% nesta sexta-feira (21), indo ao patamar de R$ 2,5295 por volta de 13h10, repercutindo positivamente o noticiário sobre a próxima equipe econômica, que gerou nos investidores a sensação de que a presidente Dilma Rousseff estaria mais aberta a mudanças em sua política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.


Às 13h01, o Ibovespa principal índice da Bolsa, subia 3,01%, a 55.008,09 pontos, com as ações de bancos, da Petrobras (PETR3 e PETR4) e da Vale (VALE3 e VALE5) respondendo pelas principais influências positivas.


As ações da Vale recuperavam-se nesta sessão, entre as maiores altas do índice, de cerca de 8%. Com os preços do minério de ferro na mínima em cinco anos, os papéis preferenciais da mineradora acumulam no mêsperda de cerca de 7%, enquanto as ações ordinárias têm queda de mais de 5%, mesmo com os ganhos nesta sessão.


As ações da Petrobras avançavam mais de 4%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) subia 4,14%, Itaú Unibanco (ITUB4) avançava 2,29% e Bradesco (BBDC4) registrava elevação de 3,04%.


O volume financeiro do pregão somava cerca de R$ 2,7 bilhões.


"Ela [a presidente Dilma] percebeu que vai ter que chamar alguém para botar ordem na casa", disse o superintendente de derivativos da CGD, Jayro Rezende, ressaltando que o mercado vai buscar sinais de que essa postura será adotada de forma duradoura, e não apenas como uma solução de curto prazo.


Os nomes mais citados pela imprensa nos últimos dias para assumir cargos chave na equipe econômica são o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy e o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.


A trinca agradou o mercado, que também interpretou positivamente notícias de que Dilma teria oferecido o posto de ministro da Fazenda ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que teria recusado o convite.


Mesmo assim, o mercado entendeu que, ao buscar um profissional com perfil mais pró-mercado, a presidente já teria se convencido de que mudanças na atual política econômica são necessárias.


A queda do dólar no mercado doméstico também acompanha o movimento da divisa em outros mercados, após a China cortar sua taxa básica de juros pela primeira vez em mais de dois anos. Segundo analistas, a decisão aumenta a atratividade de ativos de países como o Brasil.


"O cenário doméstico e o internacional estão favoráveis hoje, abrindo espaço para um alívio relevante", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.


A divisa dos EUA recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano.


Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até quatro mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,2 mil contratos para 1º de junho e 1,8 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.


O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 68% do lote total.


(Com Reuters)


BORGES NETO LUCENA INFORMA 

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