A ex-primeira-dama do estado e ex-secretária de Assistência Social de Mato Grosso, Roseli Barbosa, mulher do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), foi transferida na noite desta sexta-feira (21) em Cuiabá. Roseli foi presa em uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro público.
Roseli estava detida desde a madrugada de sexta-feira na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital, no entanto, foi transferida para uma cela feminino dentro do quartel do Corpo de Bombeiros, no Bairro Verdão.
A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) confirmou que a ex-primeira-dama foi transferida ainda no período da noite para o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros. De acordo com o advogado de Roseli, Ulisses Rabaneda, a transferência de Roseli ocorreu por decisão da Justiça de Mato Grosso.
“Roseli possui curso superior, a lei lhe dá direito a cela especial, no entanto, no local onde estava não possuía essa condição que a lei exige”, explicou Rabaneda. Conforme o advogado, Roseli é formada em direito.
A transferência foi autorizada pelo juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá.
“A requerente possui curso superior e encontra-se segregada na unidade prisional em que não existe cela especial, destinada as presas com curso superior. Além disto, trata-se da esposa do ex-governador de Mato Grosso, sendo que este, em sua gestão, promoveu política de combate ao crime organizado, especialmente aqueles cometidos com violência, o que gera, indubitavelmente, possível vulnerabilidade a sua integridade física", disse o juiz.
Esquema
Roseli foi presa na quinta-feira (20) em São Paulo pelo Gaeco, durante a operação 'Ouro de Tolo'. Ela é suspeita de liderar um esquema que teria desviado R$ 8 milhões dos cofres públicos, entre 2011 e 2014, período em que ficou à frente da pasta. A acusação foi feita pelo Ministério Público com base nas provas obtidas na operação Arqueiro.
Esquema
Roseli foi presa na quinta-feira (20) em São Paulo pelo Gaeco, durante a operação 'Ouro de Tolo'. Ela é suspeita de liderar um esquema que teria desviado R$ 8 milhões dos cofres públicos, entre 2011 e 2014, período em que ficou à frente da pasta. A acusação foi feita pelo Ministério Público com base nas provas obtidas na operação Arqueiro.
De acordo com a investigação do Gaeco, o suposto esquema também beneficiou a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Cuiabá no ano de 2012. No entanto, o ex-candidato a prefeito, Lúdio Cabral (PT) negou qualquer irregularidade em sua campanha, mas apoiou as investigações.
Em nota, o ex-governador Silval Barbosa afirmou também na última quinta-feira que acredita na Justiça e negou a existência de qualquer esquema de fraudes na Setas envolvendo sua esposa durante sua gestão.
G1
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