Irã diz que seguirá com programa balístico e condena novas sanções dos EUA

O Irã condenou neste sábado (29) as novas sanções adotadas pelo Congresso americano e afirmou que prosseguirá "com todas as forças" com seu programa balístico, ao mesmo tempo que um novo incidente foi registrado na sexta-feira (27) entre navios americanos e barcos iranianos no Golfo.
"Continuaremos com todas as nossas forças com nosso programa balístico", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bahram Ghasemi, ao canal estatal.
"Nossa política no âmbito militar e balístico é muito clara e é um tema de assunto interno. Os outros países não têm o direito de interferir", afirmou Ghasemi.
"Condenamos a ação hostil e inaceitável dos Estados Unidos", completou, em referência às novas sanções votadas pelo Congresso e que dependem da assinatura do presidente Donald Trump.

Aprovação de novas sanções

Dois dias depois da aprovação na Câmara dos Representantes, o Senado aprovou na quinta-feira quase por unanimidade (98 votos a favor e dois contra) um projeto de lei para impor sanções contra Rússia, Irã e Coreia do Norte.
No caso do Irã, as sanções afetam o programa balístico do país, os direitos humanos e o apoio de Teerã a grupos como o Hezbollah libanês, considerados "terroristas" pelo governo dos Estados Unidos.
Ghasemi considerou que as sanções "pretendem debilitar o acordo nuclear" concluído em 2015 entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha.

Pedidos ocidentais

França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos exigiram na sexta-feira que o Irã interrompa o seu programa de mísseis balísticos, um dia após o teste de um foguete lançador de satélites.
Em comunicado conjunto divulgado pelo departamento americano de Estado, os quatro países condenaram o teste realizado, uma vez que viola uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.
"O programa iraniano para o desenvolvimento de mísseis balísticos segue sendo contraditório com (a resolução) UNSCR 2231 e tem um impacto desestabilizador na região. Pedimos ao Irã que não realize mais lançamentos de mísseis balísticos e atividades relacionadas", destaca o documento.
Esta resolução foi adotada há dois anos para consagrar o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano firmado em 14 de julho de 2015 em Viena entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha.
G1 

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