Com rescisão, abre rede que produz 500 mil salgados/dia e fatura R$ 3,5 mi

O gerente comercial Luis Belentani perdeu o emprego em uma grande empresa do segmento de saúde, em 2014. Com o dinheiro da rescisão e da venda de uma moto, ele conseguiu juntar R$ 35 mil e abriu o seu próprio negócio em São José do Rio Preto (438 km a noroeste de São Paulo): a Tia Sô Minidelícias.
A empresa vende quatro produtos diferentes: coxinha, quibe, bolinha de queijo e churros. Atualmente, são produzidos até 500 mil unidades por dia. Segundo o empresário, as receitas são de sua mulher, Solange Ferrari Belentani, 58, que também é sócia do negócio. O filho Luis Matheus, 30, integra a diretoria da empresa e cuida da expansão das lojas.
A empresa virou franquia desde 2015 e está presente nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Atualmente, a rede tem 41 lojas, sendo quatro próprias (em São José do Rio Preto, Bauru, Campinas e Americana), além de uma fábrica e dois centros de distribuição (em São José do Rio Preto e Campinas). 
O negócio, que começou com pai, mãe e filho, hoje tem 186 funcionários (36 nas lojas próprias, fábrica e centro de distribuição, e 150 nas lojas franqueadas). No ano passado, a rede faturou R$ 3,5 milhões. O lucro não foi revelado.

Copo com 15 unidades custa a partir de R$ 3

Os produtos são vendidos em copos com 15 unidades (de R$ 3 a R$ 3,50) ou 40 unidades (de R$ 7 a R$ 8), ou em caixas com 90 (de R$ 14 a R$ 16) ou 300 unidades (de R$ 42 a R$ 48). Os preços variam conforme a região e o Estado. Os minissalgados e churros são produzidos na fábrica em São José do Rio Preto e distribuídos para as lojas da rede.
A coxinha tem recheio de frango, carne, calabresa, pizza, palmito ou legumes (neste caso, a massa é integral). O minichurro pode ser recheado com chocolate, doce de leite, goiabada, morango, maracujá ou abóbora com coco.

Franquia custa a partir de R$ 60 mil

A empresa virou franquia em janeiro de 2015. Confira os dados, fornecidos pela rede, para abrir uma unidade:
  • Investimento inicial: a partir de R$ 60 mil (o valor inclui capital de giro, taxa de franquia e custo de instalação)
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 20 mil
  • Lucro médio mensal: a partir de R$ 5.000 (25% do valor do faturamento)
  • Retorno do investimento: em até 12 meses

Mesmo com crise, setor de alimentação está em alta

Henrique Romão, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas) afirma que, mesmo em períodos de crise, o setor de alimentação sempre oferece oportunidade para se abrir um negócio. "Geralmente, acaba sendo uma das primeiras opções que as pessoas avaliam quando perdem o emprego ou querem mudar de área."
Ele afirma que o setor de minissalgados tem bastante opção de maquinário disponível para começar a produção e baixo custo. "Também permite fazer produtos acessíveis para a realização de eventos, por exemplo."
Romão diz, no entanto, que a concorrência é grande. "A empresa precisa investir em marketing e na construção da sua imagem porque vai concorrer com grandes empresas
Uol 

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