Corte de fala de Léo Bezerra na tribuna da CMJP é associado a boicote para evitar pronunciamento sobre áudio vazado envolvendo Cartaxo


O clima foi tenso, dotado de perplexidade e um certo grau de omissão por parte dos vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa. A reportagem do PB Agora foi ontem à Casa, a fim de ouvir dos parlamentares seus posicionamentos sobre  áudios vazados envolvendo o prefeito Luciano Cartaxo e dois dos seus secretários que, supostamente, falavam em recebimento de dinheiro ilícito. No entanto, apenas Leo Bezerra (PSB) ensaiou uma fala sobre o caso e, na hora exata do seu pronunciamento, seu microfone foi cortado por solicitação do vereador Humberto Pontes (Avante), que presidia a sessão.

Pontes é da base de sustentação do prefeito Luciano Cartaxo e, na avaliação de Leo Bezerra, o ato cometido por seu colega foi a maneira legal para a problemática do áudio não ser levada ao Plenário. Em mensagem enviada pelo socialista, via WhatsApp, à reportagem do PB Agora, o parlamentar não escondeu seu descontentamento com a postura daquele que estava coordenado os trabalhos da Mesa Diretora.

“Amigo, fiquei muito revoltado com o direito da minha fala cortada já estando na tribuna”, e segue o socialista: “Horrível o que o vereador Humberto fez”. E termina a mensagem com uma lamentação, seguida de uma quase constatação. “Perdão mesmo. Fiquei indignado com o corte da minha fala na tribuna. Acho que não me deixaram falar por conta desse áudio que vazou”.

O PB Agora, após findada a sessão, flagrou Leo Bezerra entrando na presidência da Casa visivelmente irritado. A suposição é que sua ida esteja ligada ao tolhimento do seu pronunciamento. A reportagem entrou em contato com o vereador socialista nesta manhã, sendo informado pelo próprio parlamentar que estava em reunião com um grupo de taxistas e que, tão logo termine o compromisso, fará pronunciamento relativo aos áudios vazados.
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Eliabe Castor
PB Agora


BORGES NETO LUCENA INFORMA