Líder do prefeito bate boca com oposição após suposta manobra para inverter ordem do dia

Os ânimos na Câmara Municipal de João Pessoa se alteraram na manhã desta terça-feira (03) após um verdadeiro bate-boca entre o líder do prefeito Luciano Cartaxo e a oposição. Acontece que o vereador Milanez Neto, líder da bancada de situação, está sendo acusado de tentar inverter a ordem do dia para sufocar debate na Câmara.

De acordo com o vereador Bruno Farias, “o vereador Milanez fica querendo mandar na sessão”. Ele explicou que comumente na Câmara de João Pessoa a ordem do dia acontece nas quartas-feiras e nas terças e quintas os vereadores se dedicam ao debate sobre os assuntos da cidade.

“A situação manobrou de maneira antirregimental para que ocorresse a ordem do dia para sufocar o debate, já que evidentemente eles sabiam que a gente ia tocar no tema da semana passada que o prefeito acusou a Câmara Municipal de João Pessoa de agir na calada da noite aprovando as emendas impositivas”, comentou Bruno Farias.

Bruno ainda revelou que “o vereador Milanez disse fora dos microfones que, caso não houvesse quórum, ele iria encerrar a sessão, como se ele mandasse no plenário”. O vereador considera a atitude como uma manobra para que houvesse ordem do dia, mesmo que não tivesse quórum. Para Bruno, a situação está “fugindo do debate, com medo de aprofundar essa discussão, porque eu sei que é muito constrangedora e incômoda para os vereadores da base de governo”.

Já Milanez Neto, considera que “o papel dessa casa é legislar, votar e fiscalizar. Eu não estou entendendo qual é a dificuldade de estar presente aqui para fazer votações”. O líder da bancada de situação negou que seja um preposto do prefeito, como foi acusado por Bruno Farias. “Tenho identidade própria. Nunca fui eleito por máquina administrativa e quem foi eleito, coloque a carapuça. Esta não me serve”, sustentou.

Milanez defendeu que “essa pauta que estava votando hoje era remanescente da semana passada”. Além disso, o vereador ressaltou que “a aproximação da eleição automaticamente começa a mexer com os nervos”, como justificativa para as atitudes dos colegas.

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BORGES NETO LUCENA INFORMA