Rescaldo do temporal ainda bloqueia vias e provoca transtornos em SP nesta terça

temporal que atingiu São Paulo nesta segunda-feira (10) ainda provoca transtornos aos moradores da capital paulista na manhã desta terça-feira (11). Em um dia destruição e caos, a tempestade fez rios transbordarem, causou dezenas de alagamentos, deslizamentos e travou a maior cidade do país. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), São Paulo teve o dia mais chuvoso desde 1995.
A chuva forte também atingiu o interior do estado, que registrou duas mortes. Em Júlio Mesquita, um carro e um caminhão foram engolidos por uma cratera que se abriu na rodovia Leonor Mendes de Barros (SP-333). O motorista do carro morreu. Em Botucatu, um acidente parecido foi registrado na Rodovia Marechal Rondon (SP-300). Um caminhão caiu em um buraco aberto na pista, e o motorista foi encontrado morto a cerca de 1,3 quilômetro do local.

Resumo

  • Interior de SP: duas pessoas morreram em Júlio Mesquita e em Botucatu
  • Escolas: na capital, aulas funcionam normalmente, mas cada unidade deve avaliar a situação da região. No Estado, 45 escolas estão fechadas
  • Terminais rodoviários: após cancelamentos na segunda (10), partidas se normalizam no Tietê e na Barra Funda
  • Trânsito pela manhã: abaixo da média para o horário (8h30). 5,9 km de lentidão, segundo a CET
  • Alagamentos: pela manhã, capital registrou dois pontos. Na Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana (Zona Norte), mas que segue transitável; e na Avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina (Zona Oeste), já liberada.
  • Marginais Tietê e Pinheiros: sem alagamentos (pela manhã, pista expressa da Tietê foi bloqueada para limpeza)
  • Trem: Linha 9-Esmeralda com velocidade reduzida. demais linhas operam com normalidade
  • Metrô: funciona normalmente
  • Ceagesp: maior entreposto comercial da América Latina segue fechado e sem energia elétrica
  • Desabamento: um prédio em construção caiu na Zona Norte. Não há vítimas, segundo os Bombeiros
Por volta das 8h30, o trânsito na cidade de São Paulo estava abaixo da média para o horário. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), havia 5,9 km de lentidão nas vias monitoradas da cidade.
A linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) registra lentidão, já que há pontos com sujeira dos alagamentos na via. As demais linhas de trem e do Metrô funcionam normalmente.
Por volta das 6h, havia dois pontos de alagamentos ativos: na Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana (Zona Norte), já transitável, e na Avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina (Zona Oeste), agora liberada.
A pista expressa da Marginal Tietê ficou interditada no sentido Castelllo Branco, na Ponte das Bandeiras, para realização de limpeza da pista que foi atingida pela enchente. Mais cedo, o bloqueio ocorria entre a Ponte do Tatuapé e a Ponte da Casa Verde. As rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias apresentavam lentidão na chegada a São Paulo devido ao bloqueio.
Na Ceagesp, maior entreposto comercial da América Latina, os comerciantes descartavam os alimentos atingidos pela enchente e contabilizam os prejuízos. O centro comercial localizado na Avenida Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, está sem luz na manhã desta terça.
A Vila Seabra, na Zona Leste no limite com Guarulhos, na região de várzea do Rio Tietê, as ruas estão alagadas.
Um prédio em construção desabou na madrugada desta terça-feira (10), no bairro do Limão, na Zona Norte. A construção caiu em cima de alguns caminhões usados para a obra. Segundo os bombeiros, ninguém ficou ferido.
Após partidas serem suspensas nos terminais rodoviários do Tietê (665 viagens) e da Barra Funda e (270 viagens) na segunda (10), a situação começava ser normalizada na manhã desta terça-feira (11), segundo a Socicam.
Na Grande São Paulo, a Prefeitura de Osasco decretou estado de calamidade e registrou o maior volume de chuva dos últimos sete anos. Já em Pirapora do Bom Jesus, o nível do Rio Tietê continua elevado e a cidade está em estado de emergência.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, em 24 horas, foram registrados 1.043 pontos de alagamento, 193 desabamentos e 219 quedas de árvores. Ao todo, a corporação atendeu 2.345 ocorrências e recebeu 10.371 ligações.

Temporal

A chuva forte que atingiu São Paulo a partir do fim da tarde de domingo (9) provocou destruição e caos durante a madrugada e começo da manhã de segunda-feira (10). A tempestade fez rios transbordarem, causou dezenas de alagamentos, deslizamentos e travou a cidade.
A água só começou a baixar na madrugada desta terça-feira (11). Mas ainda há pontos alagados.
A Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê, por exemplo, chegou a ficar cerca de 17 horas alagada. Bairros seguiam alagados na Zona Norte, como a Vila Guilherme, e a Vila Leopoldina, na Zona Oeste da cidade. Ao longo do dia, a cidade chegou a registrar 164 pontos de alagamentos.
A circulação dos transportes públicos (ônibus, metrô e trens) ficou comprometida, e a prefeitura suspendeu o rodízio de veículos, medida que vai continuar a valer durante toda a terça.
comércio estima prejuízo de R$ 110 milhões, de acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).
Na rede estadual de ensino, as aulas foram suspensas em 40 escolas afetadas pelas chuvas, que continuarão sem aulas nesta terça. Na rede municipal, 44 escolas públicas tiveram aulas suspensas, mas a previsão da Prefeitura é de que todas reabram nesta terça.
A previsão é a de que o céu ainda fique encoberto nesta terça e que chuviscos atinjam a Grande São Paulo e a capital, segundo o CGE. A temperatura deve variar entre 18ºC e 21ºC. Na quarta (12), são esperadas chuvas rápidas e isoladas.

G1


BORGES NETO LUCENA INFORMA