“Pode causar arritmias graves e hepatite fulminante”, alerta Geraldo Medeiros sobre o uso indiscriminado da cloroquina


Em entrevista ontem (20), a uma emissora de rádio da capital o secretário de Estado da Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, afirmou que além da disseminação do novo coronavírus que já abrange quase todos os municípios paraibanos, os cidadãos correm outro risco o da o vírus da polarização política disseminada pelo presidente Jair Bolsonaro, este segundo ele, tão ou mais perigoso que o Covid-19.
Geraldo comentou a recente fala do presidente Bolsonaro, onde disse: ““Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína”, referência a uma marca de refrigerante produzida no Brasil. Para o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, falas como essa são temerárias. Ele é contrário ao uso da cloroquina em pacientes que estejam no estágio inicial de contaminação pelo coronavírus, pois alega os graves efeitos colaterais causados pela droga: “É muito violenta, pode causar arritmias graves e hepatite fulminante”, disse Geraldo.
Uma das suposições do médico Nelson Teich do comando do Ministério da Saúde, teria sido justamente essa a pressão do presidente para que o ministério aprovasse o uso da cloroquina de modo indiscriminado.
Por conta da falta de respeito pela população do decreto que determina o isolamento social, na Grande João Pessoa há uma circulação viral muito grande, sobretudo na Capital, de acordo com testagens realizadas nos últimos dias. Com isso, o secretário disse temer o aumento na ocupação dos leitos de UTI, mas ressaltou que pesar disso, a Paraíba ainda tem leitos disponíveis. “A Paraíba ainda não chegou ao ponto de colapso da rede pública de saúde”, garantiu.
PB AGORA 

BORGES NETO LUCENA INFORMA