‘Não quero ser o secretário que abre valas comuns para enterrar corpos em JP’, diz Zennedy

O secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa (Sedurb), Zennedy Bezerra, enfatizou, durante coletiva nesta segunda-feira (1º), a necessidade das pessoas obedecerem o decreto estadual subscrito pelos prefeitos que endurece o isolamento social na Grande João Pessoa e Região Metropolitana. O secretário disse que não há cerceamento de liberdades, mas um esforço para salvar vidas: “Não quero ser o secretário que abre valas comuns para enterrar corpos em João Pessoa”.
Para Zennedy um transtorno maior do que as medidas mais rígidas de isolamento social é ter 84% dos leitos de UTI ocupados, 13 mil pessoas infectadas na Paraíba, sendo 4 mil apenas em João Pessoa, fora os contaminados na região metropolitana que fazem pressão no sistema de saúde da Capital.
“Não queremos que alguém venha a ficar em fila de espera para ter oportunidade de ser tratado em um leito de UTI. Esse é o maior transtorno que as barreiras e isolamento rígido querem evitar.
Quanto às críticas de que o isolamento significa uma prisão domiciliar, o secretário foi enfático: “Se não for atividade essencial, não pode sair, mas pode ir comprar pão, remédio, ir ao médico ou hospital se necessitar. A orientação é que uma única pessoa, que não seja do grupo de risco, não estamos cerceando ninguém, nesse momento o esforço é para proteger e salvar vidas para que não tenha situações como a de outros estados”, disse.
Assim com não quer ser o secretário a abrir valas comuns, Zennedy afirmou que os secretários de saúde também não querem ver pessoas passando necessidade extrema e não achando leitos de hospitais. “Não queremos e faremos todo o esforço na Paraíba e em João Pessoa. Tanto por parte de João Azevêdo, quanto por Luciano Cartaxo esse cenário não vamos ter porque tomamos as medidas corretas de combate à Covid-19 desde o início a ponto de a Paraíba e João Pessoa, serem referência nacional. Esse debate [de prisão domiciliar] é político e ideológico e não nos interessa. O que nos interessa nesse momento, é proteger e salvar vidas”, finalizou.

Marília Domingues



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