‘Não digeri bem essa ideia’, dispara Raniery Paulino sobre aliança entre Veneziano e Cássio para 2022

 

“Não tenho ódio ou raiva de ninguém, mas eu não digeri bem essa ideia”. A declaração é do deputado estadual Raniery Paulino (MDB), ao comentar durante entrevista ao programa Rede Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta quarta-feira (28), uma possível aproximação para formação de uma chapa de oposição ao Governo do Estado entre o presidente estadual do MDB, senador Veneziano Vital do Rego, com o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB).

A discussão surgiu durante uma reunião da Executiva Estadual da legenda na última segunda (26). Ao final dela, o presidente municipal de João Pessoa, vereador Mikika Leitão (MDB), lançou publicamente o nome do senador emedebista como candidato de oposição à João Azevêdo (Cidadania), com o tucano na majoritária ao Senado. Raniery pontuou que esse foi um movimento individual do vereador, ao reforçar o compromisso do MDB com a reeleição do governador.

“Na verdade, cada um coloca as suas teses e ideias. Inclusive não houve formalmente nada colocado, o que houve foi uma reunião da Executiva para deliberar assuntos administrativos e depois ficou no diálogo, na conversa. Houve, inclusive, uma fala nesse sentido e eu gosto muito de Veneziano, acho que ele vai ser governador um dia, mas temos um compromisso agora nessa eleição para governador com João. Mas Veneziano é sempre um nome a ser lembrado. Relativo a Cássio, eu nunca votei com ele, então é algo que a minha digestão não vai equilibrar, eu não digeri bem não essa ideia. Não tenho ódio ou raiva de ninguém, mas eu não digeri essa ideia.

Questionado se a fala de Mikika Leitão poderia ter sido estimulada pelo próprio Veneziano, que permaneceu em silêncio e não rechaçou a possibilidade publicamente, Raniery apontou que o movimento partiu de forma individual por parte do vereador. Ele apontou, porém, que o movimento traz questionamentos desnecessários para a própria base.

“Quando Mikika fala sobre isso foi muito em virtude de uma matéria que tinha saído a dias atrás, mas eu não vi Veneziano esbouçando qualquer reação. Eu o vi com serenidade, equilíbrio, como sempre. São conjecturas, Mikika tem todo direito de apresentar a ideias dele para fortalecer o partido, principalmente com o trabalho que faz em João Pessoa e fico feliz com isso. Mesmo ele tendo um filho que é da base do governo [Felipe Leitão], que é secretário de Cícero e eu acho que contraria [o prefeito], não sei, mas cria interrogações talvez desnecessárias no momento”, afirmou.

Confira a integra da entrevista concedida ao jornalista Luís Tôrres:

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