Opinião: o Largo de Tambaú é do povo, não da política

 

O salutar debate é fundamental. Sem amarras e livre do sonoro “cala-se!”. Um processo democrático que assegure à população emitir sua opinião. Algo valioso para a construção saudável das políticas públicas atuais. Lembrando, em tempo – tempestuosos – como esse que vivemos o direito do grito dos descontentes. O berro faz parte da lógica e contribui para a melhoria da própria sociedade.

Isso mesmo! A grita é importante, como a prudência e o respeito ao contraditório. E aqui entro no mérito do abrir ou não o trânsito em uma via pública no Largo de Tambaú. E digo. O ex-prefeito da capital paraibana, Luciano Cartaxo (PV) pode opinar de forma contrária. E sem querer colocar o sofisma nos meus argumentos, digo que ele conspira contra a cidade que governou.

Sim! Investimento houve no Largo. Jamais vou tirar os méritos do ex-gestor. Principalmente que a obra custou “apenas” R$ 2,7 milhões. Porém, existe um porém. Houve, de forma aberta, uma consulta com a população de João Pessoa, seus empreendedores e a própria população para a obra? A resposta é não!

Alguém chegou à sua porta para consultar sua opinião? Não! Um grande engodo. O projeto foi feito – com desvios de conduta – para beneficiar alguns. E o que o atual prefeito de João Pessoa – Cícero Lucena (PP) sugere?

Quem mora na cidade, sabe. Aquele espaço nunca foi aproveitado de forma inteligente. De um lado, no passado, vendedores ambulantes e muitos comerciantes informais ali estavam.

Do outro, o fluxo contínuo de trânsito sem o menor ordenamento. E com a pandemia? Para onde foram deslocados esses seres? Falo, por exemplo, dos ambulantes e profissionais de aplicativos.

E o fluxo do trânsito na área mais turística de João Pessoa? Foi remodelado. Pior! Para o turismo e os moradores daquela área algo horrível aconteceu. Quem mora nas imediações sabe. Acidentes, trânsito confuso, engarrafamento e coisas piores.

Economia?

E o preço do combustível baixou? Acho pouco provável. E seguindo minha lógica, quem vai estar naquele espaço de lazer no sol causticante das 8h até às 16? Bronzeador solar não resolve.

E o que Cícero determinou?

Nada de escândalo ou desperdício do patrimônio público. Ninguém, em sã consciência, vai destruir o belo e caro espaço. Apenas flexibilizar – com estudos de engenheiros – o tráfego daquela via pública e seu entorno. Não há espaço para politizar a “coisa”.

O que ocorrerá?

É simples, assim! Das 8h até às 16h o espaço para o trânsito de veículos será reaberto. Alterações não existirão. Será mantido o que foi feito, exceto a retirada da proteção em ferro e cimento para algo tecnológico.

Haverá cones remotos que subirão e descerão de forma remota, sem danos à população. Tudo isso em perfeita sincronia. Na Europa, por exemplo, há tal sistema.

E vale salientar. O horário determinado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa foi amplamente baseado na ciência. Quem, em sã consciência, vai usufruir de um espaço de lazer em hora praticamente desértica?

E quando falo isso, falo desde a temperatura até o próprio fluxo turístico e da própria população de João Pessoa. O resto é só o direito do Jus esperneandi.

“A praça, a praça é do Povo! Como o céu é do Condor!” Não com dor!

Eliabe Castor
PB Agora


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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