Carlos Siqueira afirma que PSB não vai ‘comprar’ nova briga para manter Ricardo no partido


 “Vamos em frente, se ele deseja sair, que saia. A única coisa que ele não pode alegar é que houve um único motivo sequer para isso, não existe”. A declaração é do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em entrevista exclusiva ao Sistema Arapuan de Comunicação nesta segunda-feira (3), ao afirmar que o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), não tem motivos para deixar o partido e se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Carlos Siqueira apontou que a legenda já perdas importantes por causa de conflitos de Ricardo Coutinho com ex-filiados, o que culminou, por exemplo, nas saídas do governador João Azevêdo (Cidadania) e do senador Veneziano Vital do Rego (MDB). Ele citou que a direção nacional não vai mais comprar outra briga, ao lembrar do mais recente contra o presidente estadual na Paraíba, deputado Gervásio Maia.

“Ricardo quando saiu do governo [em 2018], eu tinha sobre a minha mesa cinco candidatos à presidência da Fundação João Mangabeira e ele reivindicou. Eu tive que convencer os cinco, entre eles dois ex-governadores, e o nomeamos para a presidência. Depois ele brigou com o governador João Azevêdo, nós ficamos do lado dele. Brigou com o senador [Veneziano], nós ficamos do lado dele. E agora não posso brigar e nem quero perder o presidente estadual [Gervásio Maia], que também foi solidário a ele permanentemente por causa dele”, afirmou.

Na entrevista, Siqueira apontou a campanha para prefeito de João Pessoa, no ano passado, que aconteceu de última hora e, mesmo assim, Ricardo recebeu apoio da direção nacional mesmo sabendo que ele não tinha chances de vencer o pleito. “Por último ele resolveu de última hora ser candidato à Prefeitura de João Pessoa, candidatura sabidamente que não tinha sucesso e foi gasto mais de um milhão de reais em sua campanha. Então, qual seria o motivo? E parece eminente a saída, porque ontem a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, me ligou e consultou se haveria algum problema a saída dele do PSB, então é porque evidentemente deve haver uma solicitação de filiação, estou pressupondo. E eu disse que não, a nossa relação com o PT independente disso”, disparou.

Por fim, ele lembrou o apoio dado pela direção nacional ao ex-governador mesmo enquanto estava sendo bombardeado por denúncias da Operação Calvário. “Ao assumir a Fundação João Mangabeira teve uma saraivada de denúncias contra ele [Operação Calvário] e eu jamais levei isso em consideração, porque eu não sou de fazer prejulgamento de ninguém. Esse assunto é da Justiça, do Ministério Público, eu não quero saber disso e ele cumpriu todo o mandato”, pontuou.

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