‘Ou toma uma medida drástica, ou vai cair’, diz especialista sobre prédio da Estação Ciência

 

O especialista em geopolítica e doutor em geografia, Caio Américo, classificou como má gestão pública o processo de erosão e queda da barreira do Cabo Branco, em João Pessoa. Durante entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação nesta segunda-feira (20), ele apontou que a erosão causada no local ocorre em grande parte na ausência de medidas preventivas.

Durante a entrevista, o especialista apontou que o desgaste na barreira é natural, porém, construções antrópicas – ação realizada pelo homem, aliado a ausência de manutenção por gestões municipais ao longo de anos, trouxeram consequências e, se não forem tomadas medidas emergências, danos irreparáveis como a queda da Estação Ciência e Farol do Cabo Branco podem ocorrer.

“A barreira do Cabo Branco é um grande bloco de rochas sedimentar, um tipo muito frágil. Ali está havendo constantemente um processo de erosão marinha, que se chama abrasão, processo que bate no sopé da falésia e faz com que o bloco acima caia. Ali também é causado por construções antrópicas, ou seja, construções que foram feitas ali em cima, a não barragem para evitar esse processo”, explicou.

“Então eu vejo que os problemas que nós temos aqui no território são mais de má gestão pública do que as ações naturais. Faltou ao longo dos governos municipais uma preocupação maior naquela área. Se continuar daquele jeito, vai cair [Estação Ciência]. Ou tem uma medida drástica agora ou aquilo vai cair em curto ou médio prazo. Tsunami não, mas o risco de cair sim por conta de má gestão pública”, afirmou o especialista.

Sobre a Estação Ciência

A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, localizada no bairro do Altiplano, próximo a barreira do Cabo Branco, em João Pessoa, foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurada em julho de 2008. O complexo possui 8.510m² de área construída e é composto por um conjunto de cinco edifícios.

Postar um comentário

0 Comentários