Deputados acusam Cabo Gilberto de racismo por fala contra cota para negros

 

A Assembleia Legislativa aprovou, por maioria, projeto de lei de autoria do Governo do Estado para instituir cota para população negra em concursos públicos realizados na Paraíba. A matéria foi aprovada nesta terça-feira (14), em meio a polêmicas e críticas de três deputados oposicionistas.

O líder da bancada de oposição, Cabo Gilberto, afirmou que o projeto é racista e irá acarretar debates desnecessários entre a população. “Vai dividir a sociedade e afrontar o artigo quinto da Constituição”, opinou. O artigo citado pelo parlamentar diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

A fala do oposicionista foi rebatida por Jeová Campos. “Espantoso ouvir isso. É uma fala que consolida o racismo estrutural, que nega a história. Uma fala típica de quem nega a ciência, a historia e cultura de um povo. É lamentável, vergonhoso e triste que ainda exista parlamentar no Brasil com essa posição de defender a  continuidade da supremacia branca sobre os negros”, disse Jeová.

Jutay Meneses, por sua vez, acrescentou que não está sendo concedido qualquer benefício à população negra e sim oportunidades. Para ele, o projeto representa o “mínimo de justiça” com a população negra da Paraíba.

Estela Bezerra também entrou no debate e citou o fato da população negra sofrer com baixos salários e cargos inferiores aos ocupados por pessoas de pele clara. Ela negou que o projeto seja discriminatório.

“O Brasil é tão racista que quando a gente vai ver o salário da população negra, cargos, endereços onde moram, a gente vê que são pessoas empobrecidas e que têm pouco acesso ao direito”, explicou a parlamentar.

O projeto recebeu os votos contrários de Cabo Gilberto, Moacir Rodrigues e Walber Virgolino.

MaisPB


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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