Ministro da Justiça do Japão renuncia depois de piada sobre pena de morte

 


O ministro da Justiça do Japão, Yasuhiro Hanashi, renunciou ao cargo nesta sexta-feira depois de enfrentar críticas por um episódio envolvendo pena de morte. O chefe de governo teria dito, em tom de piada, que a posição que ocupava no governo era de “baixo perfil” e só gerava cobertura da imprensa quando ele aprovava a punição.

A saída dele do governo é mais um golpe no governo do primeiro-ministro Fumio Kishida, que já enfrenta queda nos índices de aprovação há um tempo. algumas semanas depois que o ministro da revitalização econômica deixou de seguir o escrutínio sobre seus vínculos com a Igreja da Unificação.

Hanashi teria dito em uma festa com legisladores, esta semana, que seu trabalho era "um cargo de baixo perfil, que só faz manchetes nas notícias do meio-dia depois de dar o selo de aprovação para a pena de morte pela manhã".

O Japão é um dos poucos países desenvolvidos a manter a pena de morte, e o apoio público à pena capital continua alto apesar das críticas internacionais.

Ao anunciar sua renúncia na sexta-feira, Hanashi, que estava no cargo desde agosto e não supervisionou nenhuma execução, disse que falou "descuidado".

Kishida deveria partir na tarde desta sexta para uma cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no Camboja, mas teve que atrasar a viagem para até 1h da manhã para nomear um substituto para Hanashi.

— Eu levo a sério minha própria responsabilidade por nomeá-lo em primeiro lugar. Ao enfrentar os desafios futuros, gostaria de cumprir meus deveres — disse Kishida.

Os baixos índices de aprovação do governo se devem em parte à controvérsia sobre os laços dos políticos com a Igreja da Unificação.

A seita está no centro das atenções desde que surgiram relatos de que o homem acusado de matar o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe se ressentiu da organização por causa das doações que sua mãe fez que levaram a família à falência.

A igreja, oficialmente conhecida como Federação das Famílias para a Paz e Unificação Mundial, negou irregularidades.

CLICKPB



BORGES NETO LUCENA INFORMA

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