Eduardo Paredes, condenado pelo assassinato da defensora Fátima Lopes, aparece como beneficiado em esquema que fraudou concurso nacional


 O psicólogo Eduardo Paredes, condenado pelo homicídio da defensora pública Fátima Lopes em 2010, aparece como um dos supostos beneficiários de um esquema criminoso que fraudou concursos públicos em todo o país. A informação foi veiculada nesta segunda-feira (13) no programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, como observou o ClickPB.

A menção a Eduardo Paredes está inserida no contexto da chamada “Máfia dos Concursos”, realizada pela ‘Dinastia da Fraude’ . Esta organização criminosa foi alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada no dia 02, com o objetivo de desmantelar grupos que atuavam em processos seletivos e vestibulares em diversos estados.

Segundo as investigações, o grupo criminoso, que teria base de atuação no Sertão da Paraíba, empregava tecnologia de ponta para garantir a aprovação fraudulenta de seus clientes. Entre os métodos utilizados estavam:

  • O uso de pontos eletrônicos implantados cirurgicamente nos candidatos.
  • O acesso antecipado e repasse dos gabaritos das provas por meio desses dispositivos.

O esquema conseguia driblar sistemas de segurança considerados complexos, garantindo a aprovação de candidatos que pagavam grandes somas para obter uma vaga de forma ilícita.

Relembre o caso Fátima Lopes

O psicólogo Eduardo Paredes foi julgado culpado pela morte da defensora pública Fátima Lopes e, por isso, condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por homicídio doloso e lesão corporal. A sentença foi definida em 2013 e lida pelo juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz.

Desembargadora Fátima Lopes. (foto: OAB-PB)
Desembargadora Fátima Lopes. (foto: OAB-PB)

À época, o Ministério Público desde defendeu que Paredes fosse condenado por homicídio doloso, o que poderia deixá-lo na cadeia por até 20 anos. Já a defesa insistiu em homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

Fátima Lopes morreu em janeiro de 2010, quando teve seu carro atingido pelo veículo dirigido por Eduardo Paredes, que avançou um sinal vermelho em alta velocidade no cruzamento da avenida Epitácio Pessoa com a João Domingos, no bairro de Miramar, em João Pessoa.

Outra vítima de atropelamento

Além da defensora pública Fátima Lopes, o psicólogo também foi acusado de ter atropelado a dona de casa Maria José dos Santos, 56 anos. Ela foi atropelada e morta no mês de junho de 2010, quando atravessava a Avenida Hilton Souto Maior, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.

CLICKPB



BORGES NETO LUCENA IFNORMA

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