Vereadores de Campina Grande protocolam CPI da Saúde para investigar irregularidades no repasse de recursos

Mais de 10 vereadores da Câmara Municipal de Campina Grande protocolaram, nesta quarta-feira (22), o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades nos repasses milionários destinados à Saúde. De acordo com o documento obtido pelo ClickPB, a solicitação foi assinada por 11 dos 23 vereadores.

“O presente requerimento fundamenta-se em indícios de irregularidades na gestão de recursos públicos federais repassados ao Município de Campina Grande, que teriam sido retidos ou utilizados em desacordo com a finalidade original das emendas parlamentares destinadas ao Hospital HELP, entidade filantrópica reconhecida por sua atuação em serviços de alta complexidade e atendimento ao Sistema Único de Saúde – SUS”, argumenta um trecho do requerimento.

Além desse argumento, há meses, os servidores da saúde estão com salários atrasados, além disso, as dívidas com diversos fornecedores e instituições acumulam ao longo dos meses. A Prefeitura de Campina Grande é administrada pelo prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) e tem como secretário executivo de Finanças, Felipe Gadelha.

Segundo o superintendente da PB Saúde, Jhonny Bezerra, também existe o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios por “irregularidades fiscais, quase 5 meses de salários atrasados dos trabalhadores da saúde, 10 milhões em dívidas ao hospital da FAP”, argumentou em sua rede social.

O caso ganhou ampla repercussão após declarações do chanceler do Hospital HELP, Dr. Dalton Gadelha, à imprensa local, nas quais afirmou que os recursos federais
destinados ao hospital tiveram destinação ‘desviada’ pela gestão municipal. Além disso, o superintendente da PB Saúde, Dr. Jhony Bezerra (PSB), por meio das redes sociais, iniciou uma mobilização na defesa pela instalação da CPI, como apurou o ClickPB.

O secretário executivo de Finanças de Campina Grande, Felipe Gadelha, em entrevista à Arapuan FM, na última terça-feira (21), revelou que o orçamento anual, de R$ 165 milhões já foi repassado para a Saúde em menos de nove meses. A declaração ocorre em meio ao atraso nos salários e cobranças por parte de prestadores de serviço que seguem sem previsão de quando receberão os proventos do trabalho exercido.

Assinaram o requerimentos os vereadores:

Anderson Pila (PSB)
Aninha Cardoso (Republicanos)

Jô Oliveira (PC do B)
Márcio Guedes (PSB)
Olímpio Oliveira (Podemos)
Pimentel Filho (PSB)
Rostand Paraíba (Progressistas)
Waléria Assunção (PSB)
Tertuliano Maracaja (Republicanos)
Wellington Cobra (PSB)

Confira o requerimento na íntegra: