Jovem é atacado por homem armado com suposta seringa contaminada em João Pessoa

Um faturista de um hospital da Capital chegava para mais um dia de trabalho quando decidiu parar em uma padaria próxima para tomar café da manhã. Até então, o dia começava normal, não fosse por um esbarrão com um desconhecido na rua. Ao entrar na padaria, o jovem sentiu seu braço levemente dolorido e quando foi verificar percebeu que havia sido picado.
Tratado por muitos como lenda urbana, o temor da seringa contaminada volta à cidade de João Pessoa. "Era seringa porque eu sei exatamente a sensação de uma agulha. Descartáveis. Se fosse outra, entraria rasgando, essa foi macio", afirmou. O fato aconteceu na manhã desta segunda-feira (23) e a vítima relatou que o agressor era um homem magro, com aproximadamente 1,70m, com uma camisa com imagem de surf. Não houve anuncio de nada. Ele contou que o agressor corria pela rua, quando esbarrou em seu braço esquerdo e continuou o caminho.
“Fiquei branco, suando, a pressão baixou. Cai num choro descontrolado. Respirei fundo e fui fazer o que devia ser feito”, contou a vítima.
O jovem foi ao Hospital Clementino Fraga para o pronto atendimento. O resultado dos primeiros exames foi negativo: os testes rápidos para hepatites. Agora a aflição ainda continua até o próximo dia 12 de julho que é quando sai a resposta sobre HIV/AIDS. Enquanto isso, o faturista sofre os efeitos colaterais do coquetel de medicamentos para a profilaxia de possíveis doenças.
“Até lá [dia do resultado do exame HIV/AIDS] a apreensão ficará e estarei pedindo aos céus, a terra e toda divindade que me guie, me guarde e me preserve. Se já tínhamos que ter cuidado antes, hoje temos muito mais”, disse.
Assim como muitos, o faturista só tinha ouvido falar de crimes desse tipo pela internet. O corpo de delito ainda não foi realizado, apenas um Boletim de Ocorrência.

O assessor da Polícia Militar, Major Lucas, informou que o crime deve ser enquadrado como lesão corporal grave, podendo ser qualificada, caso seja comprovada que a seringa estava infectada.
De acordo com o assessor, na maioria dos casos relatados, não é possível provar que o ferimento foi feito por um objeto infectado.
Ainda segundo o Major, a pessoa que passa por esse tipo de violação deve procurar a delegacia mais próxima, para registrar um Boletim de Ocorrências com o máximo de informações sobre o agressor.
Apesar de todo medo, o jovem destacou o atendimento do Hospital Clementino Fraga: “foi ótimo, pelo menos comigo. Psicólogas o tempo todo conversando e preparando a pessoa. A médica super atenciosa”, afirmou.
Marília Domingues / Yves Feitosa
BORGES NETO - LUCENA INFORMA

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