O líder do parlamento venezuelano Juan Guaidó foi inabilitado para ocupar cargos públicos durante 15 anos, anunciou nesta quinta-feira (28) a Controladoria da Venezuela.
O organismo decidiu "desativar o exercício de qualquer cargo público do cidadão (Juan Guaidó) pelo prazo máximo estabelecido na lei", declarou o controlador do governo, Elvis Amoroso, por meio da televisão estatal.
"Ele fez 91 viagens ao exterior sem a autorização da Assembleia Nacional por um montante de 570 milhões de bolívares que ele não pode justificar com seu salário como funcionário público", disse Amoroso durante uma entrevista coletiva, noticiada pelo jornal local "El Nacional".
De acordo com Amoroso, há inconsistências nas declarações financeiras de Guaidó e se presume que ele "falsificou dados de sua declaração e recebeu dinheiro de instâncias internacionais sem notificar".
O controlador-geral não explicou a data de início da proibição, mas acrescentou que Guaidó será multado. Também não foi revelado qual o valor que o líder da oposição terá que pagar à Justiça.
Logo em seguida, Guaidó questionou a validade da decisão, por não reconhecer a legitimidade de Assembleia Constituinte que nomeou o controlador. "Ele (Amoroso) não é um controlador. O Parlamento legítimo é o único que pode nomear um controlador", declarou Guaidó.
Viagens ao exterior
O autodeclarado presidente interino Juan Guaidó esteve viajando recentemente por diferentes países da América do Sul, inclusive o Brasil, em sua campanha para fortalecer o apoio contra o regime de Nicolás Maduro.
G1
BORGES NETO LUCENA INFORMA