O ex-presidente boliviano Evo Morales denunciou, em sua conta no twitter, a existência de uma ordem de “prisão ilegal” contra ele. Evo renunciou o mandato no domingo (10), depois de muita pressão de militares e policiais.
“Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem a instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra a minha pessoa”, tuitou ele, que anunciou também que “grupos violentos” atacaram sua casa.
Tendo governado a Bolívia por quase 14 anos, Evo Morales fez outra denúncia: “Os golpistas destroem o Estado de direito”.
A ordem de prisão também foi confirmada pelo líder opositor Luis Fernando Camacho, que comandou o movimento pela renúncia de Evo.
“Confirmado!! Ordem de apreensão para Evo Morales!! A polícia e os militares estão procurando-o no Chapare”, uma província do departamento de Cochabamba, escreveu Camacho. “Os militares o tiraram do avião presidencial e (ele) está escondido no Chapare, pegarão ele! JUSTIÇA!”, acrescentou.
Evo ficou recluso no domingo na zona cocaleira de Chapare, seu berço político, para anunciar sua renúncia, após perder o apoio dos militares e da polícia.
O ex-presidente chegou à tarde à bordo do avião presidencial ao aeroporto de Chimoré, que serve ao Chapare, acompanhado do vice-presidente Álvaro García Linera, que também renunciou ao cargo e à presidência do Congresso.
Polícia nega ordem de prisão
O general Yuri Vladimir Calderón, comandante da Polícia Nacional, negou em uma emissora privada as denúncias do ex-presidente.
“Quero esclarecer à população boliviana que não há mandado de prisão contra funcionários do Estado como Evo Morales e os ministros de seu gabinete”, afirmou Calderón à emissora boliviana Unitel. Yuri esclareceu que o Ministério Público é quem emite os mandatos de prisão e não a Polícia.
Ele explicou que é o Ministério Público e não a polícia quem emite os mandados de prisão.
PARAÍBA.COM
BORGES NETO LUCENA INFORMA
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