O fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo aumento anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico na altura da linha do Equador, está de volta, segundo informou a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) na última quinta-feira (8).
Os últimos três anos vinham sendo caracterizados por um padrão climático inverso, o La Niña, que atua no sentido de diminuir um pouco as temperaturas no planeta.
Meteorologistas temem que a volta do El Niño produza variações climáticas extremas no final de 2023. Seis anos atrás, o fenômeno foi responsável por temporais que provocaram inundações em regiões do Peru, como Piura (na foto).
No Brasil, segundo pesquisadores do Inpe ouvidos pela CNN, El Niño pode provocar seca em áreas das regiões Norte e Nordeste e excesso de chuvas na região Sul —nos dois casos, com consequências para a economia, principalmente no setor do agronegócio.
Um estudo feito por dois pesquisadores da Universidade de Dartmouth, Justin Mankin e Christopher Callahan, estima que os prejuízos à economia mundial com o El Niño iniciado neste ano podem chegar a cerca de US$ 3 trilhões (R$ 15 trilhões) até 2029.
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BORGES NETO LUCENA INFORMA
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