Mais de 90% dos pediatras relatam ‘insegurança frequente’ nas UPAs da capital

 


Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3) revelou que mais de 90% dos pediatras que atuam nas UPAs de João Pessoa afirmam sentir-se frequentemente inseguros durante o trabalho.

O levantamento, realizado pelo Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB), aponta ainda que apenas 2,5% dos profissionais disseram nunca ter passado por situações de insegurança.

Nesta manhã, o presidente do SIMED-PB, Tarcísio Campos, apresentou um diagnóstico sobre as condições de trabalho de pediatras nas quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital.

“É um desafio urgente no Brasil, e o SIMED junto com a Federação Médica Brasileira têm a premissa de defender os médicos nas situações em que estão expostos a agressões físicas. Temos a necessidade de estar ao lado da categoria para torná-la mais forte diante desse desafio. Fizemos uma pesquisa agora no mês passado, aqui nas quatro unidades de pronto atendimento da nossa região”, afirmou o presidente.

Saúde mental

Foi identificado um impacto significativo na saúde mental, sobretudo entre médicas jovens, muitas em sua primeira experiência na emergência pediátrica. Relatos de ansiedade, estresse elevado e sensação de abandono institucional foram recorrentes.

Além disso, a pesquisa mostrou que a redução do quadro compromete diretamente a assistência às crianças:

– Um único pediatra por plantão aumenta o risco de erros diagnósticos e atrasa o atendimento.
– A ausência de uma segunda opinião médica coloca em risco a segurança terapêutica.
– A população infantil de João Pessoa fica exposta a um atendimento de qualidade inferior.

MaisPB



BORGES NETO LUCENA INFORMA

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