O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça contra o juiz Glauco Coutinho Marques e os advogados Hilton Souto Maior Neto, Henrique Souto Maior Muniz de Albuquerque, Luis Henrique de Amorim Santos e Armando Palhares Silva Júnior.
Como obtido pelo ClickPB, eles são acusados de integrar um esquema criminoso destinado à manipulação do sistema judiciário para geração de vantagens financeiras ilícitas.
Segundo a denúncia, as investigações — um desdobramento da Operação Retomada — revelaram a existência de uma organização criminosa focada na obtenção de decisões judiciais direcionadas, especialmente na comarca de Gurinhém, onde o magistrado atuava.
O esquema se utilizava de associações com aparência legal, mas sem atuação real, para ajuizar ações em massa e garantir decisões liminares que favoreciam interesses de particulares, empresas e grupos ligados aos denunciados.
Entre as medidas supostamente irregulares concedidas estavam:
- Suspensão de consignados;
- Resgate artificial de créditos;
- Exclusão de registros negativos em cadastros de crédito;
- Reativação de benefícios expirados;
- Concessão clandestina de empréstimos a idosos.
De acordo com decisão do MPPB, o requerimento solicita o sequestro e bloqueio cautelar imediato de um veículo de luxo registrado em nome de Armando Palhares Silva Júnior, que ficará sob responsabilidade de Hilton Souto Maior Neto, comprovado como proprietário do carro.

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Nota
A defesa de Hilton Souto Maior Neto, em contato com o ClickPB, emitiu uma nota contestando envolvimento com os demais mencionados na denúncia. De acordo com os advogados de defesa, “o investigado sempre pautou sua conduta pessoal e profissional pela legalidade, ética e respeito ao próximo”.

CLICKPB
BORGES NETO LUCENA INFORMA


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