Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, o homem que matou uma mulher dentro de um shopping em João Pessoa, está sendo julgado desde as 9h desta segunda-feira (17) no Fórum Criminal, em João Pessoa. O júri popular ocorre está sendo presidido pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior.
Como trouxe o ClickPB, o crime ocorreu no dia 12 de janeiro de 2024, na praça de alimentação do Mangabeira Shopping, em João Pessoa.
Depois de denunciado pelo Ministério Público da Paraíba, o réu foi pronunciado por homicídio qualificado de Mayara Valéria de Barros Ramalho Lemos e por tentar matar Daniel Sales de Miranda (Policial Civil) e manter Vinícius Valdevino dos Santos (funcionário do Girau) em cárcere privado.
Como acompanhou o ClickPB, ao longo do júri, Luiz falou que não se recordava de ter cometido o crime. “Não sei se pode ter sido um surto ou não, mas é o que eu imagino” falou ao juiz, como observou o ClickPB.
O réu declarou que se apenas se recordava de ter saído de casa para fazer uma “saidinha de banco”, mesmo não tendo experiência em tal tipo de crime.
Além de Luiz, até o início desta segunda-feira (17) foram ouvidas as testemunhas de acusação, como um policial civil e um funcionário do restaurante. O julgamento teve um pausa por volta das 12h10 e deve retornar a tarde.
Mais detalhes sobre o julgamento
A sentença deve ser proferida ainda hoje. Sete jurados estão no Fórum Criminal, segundo informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça à imprensa. Em entrevista à TV Correio, o responsável pela acusação do Ministério Público classificou o homem como “frio e calculista”.
Histórico criminal
Ao longo do julgamento, foi detalhado que Luiz Carlos Rodrigues foi condenado por uma tentativa de homicídio, pegando uma pena de quase três anos que foi cumprida no regime semiaberto no município de Guarabira, Brejo do estado. O Crime, como verificou o ClickPB, ocorreu em 2002.
Relembre o caso

Segundo os autos do processo, dias antes do crime ele tinha participado de uma entrevista de emprego para uma vaga no Bar e Restaurante Girau, onde Mayara era gerente administrativa. No dia do crime, o acusado abordou a vítima sob o pretexto de conversar sobre o processo seletivo, mas, durante o diálogo, sacou a arma e efetuou diversos disparos contra ela.
As imagens das câmeras de segurança mostram que o réu continuou atirando mesmo após Mayara cair e tentar se proteger. Dois dos disparos atingiram a vítima pelas costas. Em seguida, Luiz Carlos invadiu o restaurante, fez um funcionário refém e recarregou a arma.

Durante o interrogatório, Luiz Carlos alegou estar em situação de necessidade e afirmou que havia ido ao shopping “cobrar uma oportunidade de emprego” da gerente. A arma usada, segundo ele, estava em sua posse havia cerca de 30 anos.
A denúncia do Ministério Público destaca que o crime foi cometido por motivo fútil, uma vez que o acusado reagiu de forma desproporcional à ausência de resposta sobre a vaga de trabalho, e que a vítima foi surpreendida, sem qualquer possibilidade de defesa.
CLICKPB
BORGES NETO LUCENA INFOMRA


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