Ninguém em sã consciência esperaria o apoio do deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) ao seu hoje rival Cícero Lucena (PP), no segundo turno em João Pessoa. As rusgas políticas entre os dois ultrapassaram há muito para a incompatibilidade pessoal.
Outra opção seria a neutralidade. Ficar neutro, à semelhança de 2020, seria mal escolha para Carneiro, que sairia do processo sem nenhum ganho político posterior.
Como calculadamente evitou ataques a Marcelo Queiroga (PL) no primeiro turno e deixou caminho aberto tanto para ser apoiado como para apoiar, como foi o caso, restou a Ruy o caminho natural de permanecer na dura oposição ao prefeito.
Some-se a esses fatores à conjuntura política estadual, onde estão ficando bem definidos os campos de João Azevêdo (PSB) e o da oposição ao governador.
Aliado de Pedro Cunha Lima (PSDB), que o seguiu um dia depois no apoio a Queiroga, Ruy fez o óbvio. Preservou a coerência no discurso de oposição a Cícero e se manteve no terreno adversário a Azevêdo (2026 já começou!).
Foi pragmático.
BORGES NETO LUCENA INFORMA
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